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Artigos & Opiniões
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 Medicina complementar e medicina convencional*
A complementaridade ao serviço da saúde
Entrevista de Teresa Pires publicada na Revista Medicina & Saúde nº 64 de FEV.2003
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 Regulamentar a prática
 

Ouvimos falar em medicinas alternativas e em medicinas complementares. Os dois termos servem para designar o mesmo: uma medicina (oriental) baseada na observação dos fenómenos da natureza e na sua influência energética no ser humano.

Actualmente, «o termo mais correcto é o de medicinas complementares. Na verdade, em muitos casos, não sempre, podem ser a melhor alternativa. Mas falar em medicinas alternativas cria mais anticorpos porque, de alguma forma, é assumir uma postura excessivamente orgulhosa, numa altura em que devemos ser humildes. Afinal, ninguém sabe tudo», explica a Dr.ª Maria Isabel Sampaio, acupunctora profissional.

As medicinas complementares são, essencialmente, a medicina tradicional chinesa, com a acupunctura (o ramo mais conhecido no Ocidente), a fitoterapia, a tuina (massagem) e o Qi Gong (ginástica energética); a homeopatia, a osteopatia e a quiropráctica. «Podem existir outras, mas são mais limitadas», esclarece Maria Isabel Sampaio.

Apesar de terem fundamentos distintos há algo que as agrupa e distingue da medicina convencional – a concepção holística do ser humano. Isto tem relevância porque «a medicina ocidental baseia-se no método científico que implica, pela sua própria essência, um certo esquartejamento ou divisão do ser humano. O que a ciência procura é uma causa para um efeito. Quando os problemas não são perceptíveis nas análises e nos exames complementares de diagnóstico, o mal estar da pessoa é, muitas vezes, justificado pelo psicossomático».

Nas medicinas complementares, o método de diagnóstico é diferente, sendo anterior à ciência. Não se trata de um raciocínio dedutivo, mas um raciocínio por analogia. O ser humano é visto como elemento integrado na natureza, obedecendo a leis que regulam também o resto da natureza.

Deste modo, a avaliação é feita, em primeiro lugar, «pela história que o paciente conta e pela observação de alguns aspectos, nomeadamente a língua e o pulso. Daqui recorre um raciocínio energético, entrando nas concepções do yin e do yang, do excesso e da deficiência, do vazio e da plenitude, etc.».

No fundo, procura-se compreender os factores que conduziram a um desequilíbrio energético na pessoa e tentar estabelecer a fluidez energética, obtendo o equilíbrio.

Como a globalidade predomina na abordagem destas medicinas complementares, «o diagnóstico é mais abrangente o que faz com que as pessoas nos procurem por um motivo principal e, na sequência do tratamento, enumerem outros benefícios que não estavam relacionados com aquele problema. Por exemplo, dizem, muitas vezes, que deixaram de ressonar, deixaram de ter azia ou passaram a dormir bem», esclarece a nossa entrevistada.

Assim, quando a causa é múltipla, ou seja, existe um conjunto de factores que originam o mal estar da pessoa, «é provável que as medicinas complementares tenham mais êxito».

Mas nas doenças mais graves, e até nas incuráveis, tudo é pouco. Por exemplo, «a medicina tradional chinesa pode dar um contributo muito grande nas doenças oncológicas, sendo capaz de reduzir os efeitos negativos da quimioterapia. Não deixa o indivíduo tão diminuído e, provavelmente, pode evitar uma remissão. Nunca se deve desviar o doente de todas as possibilidades de tratamento. O doente tem direito a saber a terapêutica que vai fazer, o que deve esperar, ou seja, o que é que se considera ter êxito ou não e deveria ter o direito a poder escolher ou a complementar os tratamentos», afirma Maria Isabel Sampaio, acrescentando:

«Por alguma razão, um país como a China, com tantos milhares de habitantes, tem uma média de esperança de vida equivalente à nossa e no caso particular dos doentes oncológicos, estes têm uma expectativa superior e a qualidade de vida é melhor porque combinam os tratamentos.»

De qualquer maneira, os doentes deviam ter direito ao melhor dos dois mundos. Portanto, a complementaridade talvez seja o que assegura melhor.

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